sexta-feira, 25 de março de 2011

Entrevista: confissões de Cássio

O senador Cássio Cunha Lima (PSDB) falou ao Parlamentopb, TV e FM Tambaú sobre os momentos mais difíceis de sua batalha jurídica pelo direito de assumir o cargo para o qual foi escolhido por 1.004.183 votos.
Em Campina Grande, depois de participar ontem de uma carreata pelas principais ruas da cidade, ele concedeu uma entrevista na casa do pai, Ronaldo Cunha Lima, e dedicou sua vitória ao humorista Shaolin, que continua internado no Hospital das Clínicas, depois de sofrer um acidente automobilístico no dia 19 de janeiro.

Cássio ainda previu manter "o melhor relacionamento possível" com seu colega de Senado, Vital Filho, e também com o senador Cícero Lucena e os deputados federais da Paraíba. O intuito seria o de sintonizar as ações em prol de projetos importantes para o Estado.
Confira alguns dos principais trechos da entrevista:


 Expectativa de posse
- O processo está na procuradoria, no Ministério Público. Meus advogados estão entrando com um requerimento para que o processo seja devolvido ao ministro Joaquim Barbosa, que é o relator, para que ele possa monocraticamente despachar e permitir minha diplomação no TRE e a posse no Senado. O presidente do STF disse que aquela decisão tinha repercussão geral e que os relatores deveriam dar o desfecho dos processos, o que deve estar acontecendo nos próximos dias. Estimo que no máximo em 30 dias estarei exercendo meu mandato. A decisão do STF respeita a decisão do povo da Paraíba, que me elegeu senador.

Livre da Ficha Limpa
- A primeira sensação que tive foi de alívio. Depois, de alegria. Passou na cabeça um flash back de tudo que eu vivi. Não tenho nenhuma mágoa, nenhum rancor, nenhum ressentimento. Louvo a Deus porque pude amadurecer como ser humano. Vou com força fazer o melhor mandato de minha vida, como senador.

Homenagem
- Eu falei no trio elétrico de Capilé. Agradeci a Deus, à minha família e à toda a Paraíba. Dediquei a vitória a Shaolin. Acho que ele merece. Se ele estivesse fora do hospital, ele estaria hoje comigo pela amizade e pelo carinho que temos um pelo outro. A ele dedico essa vitória e continuaremos nós paraibanos dirigindo nossas orações para que ele se restabeleça e esteja brevemente aqui conosco.

Pior momento
- O dia da posse, eu tinha me preparado para não ter nenhum tipo de dor de cotovelo. Mentalizei e me preparei psicologicamente para pensar que eu não tomaria posse no dia marcado com todo mundo, mas que isso aconteceria depois. Mas, eu sofri um grande baque no dia porque coincidiu com o momento em que o ministro Celso de Melo se arguiu suspeito. A posição dele já era conhecida e me surpreendeu com a arguição de suspeição. Aquilo me baqueou. Foi o momento mais difícil. Mas eu tenho muita perseverança. No dia do julgamento, meu celular teve mais de 1.700 mensagens de texto. O telefone não parava. Era uma ligação atrás da outra. Isso me tocou muito. Quando eu pensava em tombar, vinha a mão da Paraíba e me mandava seguir em frente.

Matéria reproduzida do site Parlamentopb – Cláudia Carvalho.

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