quarta-feira, 2 de março de 2011

Vaccarezza “Foi Dilma quem não chamou PDT para reunião”

O ministro Luiz Sérgio (Relações Institucionais) e o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), deixaram claro que partiu da presidente Dilma Rousseff a decisão de deixar o PDT, rebelde na votação do salário mínimo, de fora do primeiro encontro entre ela e os líderes de partidos da base do governo. Ao todo, 15 líderes de partidos participaram da reunião, segundo a Folha Online.

"A reunião de hoje foi uma reunião em que a presidenta convidou os líderes que estão 100% afinados com o governo", afirmou Luiz Sérgio. PDT é excluído de reunião com Dilma; líder se diz 'confortável'. Depois, perguntado se foi, efetivamente, Dilma quem determinou que o PDT não participasse da reunião de hoje, o ministro foi evasivo.

"O importante é que vai ser restabelecido o conselho político e, no conselho, o PDT, enquanto partido da base, terá assento", disse. Já Vaccarezza afirmou que, num regime presidencialista, a decisão é sempre do presidente. "Essa [quem decidiu não convidar o PDT] é uma pergunta, me desculpe a franqueza, desnecessária. Você acha que eu posso tomar uma decisão? Só com anuência", disse o líder.

Em seguida, ao sair do Palácio do Planalto, o líder do governo disse assumir "inteira responsabilidade pelos convites". Mas logo em seguinda, emendou: "E eu só faço o que a presidente manda." A ausência do partido, que se rebelou na votação do salário mínimo, a mais importante até agora no governo Dilma, foi minimizada por Luiz Sérgio e por Vaccarezza, que também negaram que tenha havido retaliação.

"Não é uma discussão de exclusão. Nessa primeira reunião, a ideia do governo era reunir os líderes que estavam 100% afinados com esse discurso [de unificação da base]. Mas não é nenhuma retaliação, não tem nenhum julgamento prévio", afirmou.

A ausência do PDT nem chegou a ser mencionada na reunião, que durou cerca de uma hora e meia, segundo relato dos presentes ao encontro. Segundo Luiz Sérgio, "a grande notícia da reunião" foi a decisão da presidente de restabelecer o conselho político, composto pelos líderes e presidentes de partidos da base de sustentação do governo.

A primeira reunião está marcada para o próximo dia 23 de março. Não foi definida uma frequência fixa para as reuniões do conselho.

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