sexta-feira, 15 de abril de 2011

PT quer Lula à frente das articulações da reforma política

Um dos primeiros compromissos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no retorno ao Brasil, após palestra em Londres e uma escala em Madri, será com a reforma política. Uma comitiva de petistas viaja a São Paulo na próxima segunda-feira, a fim de se reunir com Lula e formalizar convite para que ele ingresse no debate em curso no Congresso Nacional, informa o IG.
O líder do PT, senador Humberto Costa (PE), acredita que Lula será um grande aglutinador da discussão sobre a reforma, que é questão prioritária para o partido. O PT quer envolver a população no debate, para que não se restrinja ao Congresso - onde os demais partidos não querem o mesmo modelo de reforma que os petistas.
Nesse contexto, o PT vê em Lula o líder político apto a mobilizar os movimentos sociais e representantes de outros segmentos em torno do assunto. O PT quer Lula à frente das articulações para aprovar o modelo de reforma petista, que enfrenta resistência de seus principais aliados, a começar pelo PMDB.

Os peemedebistas têm no vice-presidente Michel Temer o principal defensor do voto majoritário para deputados - o chamado "distritão" - que elimina o modelo proporcional na eleição para vereadores e deputados. Mas para os petistas, o "distritão" vai na contramão do sistema democrático brasileiro, porque reduziria a importância dos partidos políticos, enquanto um dos objetivos da reforma seria fortalecê-los.

O PT já conseguiu aprovar, na comissão especial do Senado, os quatro pontos que considera fundamentais da reforma política: o voto proporcional em lista fechada, financiamento público de campanha, fidelidade partidária e o fim das coligações proporcionais. Até o momento, o fim das coligações é o único item que gera algum consenso no Parlamento.

Integram a comitiva que se reunirá com Lula na próxima semana: o líder do PT no Senado, Humberto Costa, os senadores Wellington Dias (PI) e Jorge Viana (AC), o relator da reforma na comissão da Câmara, Henrique Fontana (RS), o presidente interino do PT, Rui Falcão, e o secretário-geral do partido, Elói Pietá.

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