terça-feira, 7 de outubro de 2014

Greve dos metroviários prejudica cerca de 400 mil pessoas na Região Metropolitana do Recife


A greve dos metroviários em Pernambuco deve continuar por tempo indeterminado. Em assembleia realizada na noite desta segunda-feira, os metroviários do estado decidiram paralisar 100% do sistema a partir da zero hora desta terça-feira. A greve foi deflagrada para exigir mais segurança nas estações.

Neste primeiro dia de paralisação, o Sindicato dos Metroviários de Pernambuco afirmou que a adesão foi de 100% da categoria, com a paralisação dos 49 trens que circulam diariamente. "Hoje passaremos o dia em caráter de assembleia e a partir das 12h estaremos na Estação Recife decidindo as próximas ações a serem tomadas", afirmou Levi Arruda, dirigente do sindicato.Na ocasião, a pauta da greve, que é voltada exclusivamente para a segurança nas estações, está sendo debatida entre os metroviários e também com os passageiros que estiverem no local. Outro tema a ser discutido em assembleia é medida cautelar que a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) levantou junto ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e que deve ser avaliada na quarta-feira, às 15h.


Com a greve, anunciada desde a semana passada, a CBTU Recife antecipou uma ação cautelar. O desembargador e vice-presidente do TRT, Pedro Paulo Pereira Nóbrega, acatou o pedido da CBTU para que sejam mantidos os serviços essenciais nos horários de pico das 5h as 9h e das 17h as 20h. A multa para o sindicato dos metroviários no caso de descumprimento é de R$ 800 mil. "O nosso jurídico vai contestar o documento. A categoria presente na assembleia decidiu manter o movimento sabendo de tudo. A questão judicial se resolve no jurídico. A empresa se comprometeu conosco e não cumpriu. Não vamos voltar", explicou Levi Arruda, um dos dirigentes do Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro).

Um levantamento feito por policiais ferroviários federais, que atuam no registro das ocorrência no metrô, apontou 1,6 mil casos entre assaltos, estupro e até homicídio, no período de janeiro a setembro deste ano. Os números foram contestados pela CBTU, que apresentou uma estatística de 33 ocorrências referentes à questão de segurança para o mesmo período.

DP

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