quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Protesto de caminhoneiros: com ordem da Justiça, polícia começa a liberar rodovias

Policiais conversam com caminhoneiros em rodovia no ParanáReuters/Rododlfo Burher
Agentes da PRF (Polícia Rodoviária Federal) retomam nesta quarta-feira (25) o trabalho de liberação das estradas interditadas por uma manifestação de caminhoneiros. Rodovias federais têm interdições em dez Estados do País. Ontem, a Justiça de alguns Estados emitiu as primeiras liminares para que as rodovias sejam imediatamente desocupadas.

As determinações já estão sendo cumpridas em Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Bahia. Em Xanxerê (SC), a polícia precisou usar balas de borracha e gás lacrimogêneo para desbloquear a BR-282, na tarde de terça-feira (24).

À noite, em São Paulo, a PM também usou a força para conter uma confusão com os manifestantes que fechavam, por cerca de nove horas, a rodovia Anchieta, no acesso ao Porto de Santos. Sete pessoas foram presas.

Segundo a PRF, após o recebimento da ordem judicial, os agentes tentam dialogar e encontrar um desfecho pacífico. Caso os caminhoneiros se recusem, está autorizado o uso da força para cumprir a determinação.

A AGU (Advocacia-Geral da União) entrou com pedidos de liminares em Goiás, Minas Gerais, Bahia, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. Um dos alvos é o MBCU (Movimento Brasil Caminhoneiro), que seria o organizador da paralisação. Em MG, a Justiça determinou que as rodovias sejam liberadas em até três horas após a notificação e estipulou multa de R$ 50 mil por hora ao movimento e de R$ 5.000 por hora a cada caminhoneiro que permanecer parado.

Ainda nesta manhã, a PRF vai divulgar um novo balanço com os pontos de bloqueio nas rodovias federais. No último levantamento, havia problemas em dez Estados. A pior situação era a do Rio Grande do Sul, com mais de 30 pontos de interdição.


Protesto de caminhoneiros afeta fluxo de mercadorias, exportações e colheita de soja

Os caminhoneiros bloqueiam rodovias em todo o País em protesto contra a decisão do Palácio do Planalto de ampliar a tributação incidente sobre combustíveis, que refletiu no preço do diesel. A categoria também pede que seja revisto o valor do frete.

Ontem, governo e caminhoneiros se reuniram em Brasília para tentar colocar fim na manifestação, que já causa desabastecimento em alguns locais do País. Ao fim do encontro, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, anunciou que não está em discussão a redução do preço do diesel. Porém, ficou acertado que será feita uma nova fórmula para o preço do frete. Outra reunião está marcada para a tarde de hoje.

Do R7

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