sexta-feira, 10 de abril de 2015

Criação de novos jardins botânicos tem prazo até 22 de maio de 2015

O Sistema Nacional de Registro de Jardins Botânicos (SNRJB), ligado ao Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ), está recebendo, de entidades interessadas, a documentação necessária para registro e enquadramento nessa categoria de instituição.

O prazo termina em 22 de maio deste ano e leva em consideração os critérios definidos pela Resolução Conama nº 339/2003.

A documentação a ser apresentada precisa seguir as diretrizes do Manual de Orientação para Solicitação de Registro e Enquadramento de Jardins Botânicos.

A postagem nos Correios deve ser endereçada a Luís Felipe Leal Esteves, Diretoria de Pesquisas da Secretaria do SNRJB, rua Pacheco Leão, 915, Bairro Jardim Botânico, CEP: 22460-030, Rio de Janeiro (RJ). Informações adicionais podem ser obtidas pelo e-mail: snrjb@jbrj.gov.br ou pelos telefones 21 3204-2071 (Luís Felipe) e 21 3204-2087 (Maria Lúcia).


Espaços vivos

Segundo a presidente da Comissão Nacional de Jardins Botânicos, Maria Lúcia Moreira Nova da Costa, os jardins botânicos, em geral, são espaços vivos, destinados a atividades de cultura e lazer, abertos ao público. “Eles se diferenciam dos parques por abrigarem uma coleção de plantas ordenada, devidamente classificada e registrada, o que aumenta seu potencial educativo”, diz Maria Lúcia, que também é engenheira florestal e tecnologista do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

De acordo com dados de 2012 da Rede Internacional de Jardins Botânicos (Botanic Gardens Conservation International - BGCI), estima-se que existam, hoje, cerca de três mil jardins botânicos e arboretos distribuídos em 180 países. São instituições que cultivam, coletivamente, mais de cem mil espécies de plantas, representando quase um terço de todas as plantas conhecidas no mundo.

Pesquisadores definem os jardins botânicos como instituições que guardam coleções documentadas de plantas vivas, visando a pesquisa científica, a conservação, a exposição e a educação. Segundo Maria Lúcia, a manutenção de plantas identificadas e documentadas, bem como o registro das informações associadas a elas, é uma das principais características que diferenciam um jardim botânico de um parque.

Ameaças

A presidente da Comissão Nacional de Jardins Botânicos explica que o quadro ambiental mundial é alarmante e o número de jardins botânicos brasileiros, hoje de apenas 34, é insuficiente para atender à demanda de conservação das espécies ameaçadas pela devastação dos biomas e expansão das fronteiras urbanas e agrícolas. No Brasil, eles existem em apenas 17 estados e a maioria está localizada na Região Sudeste, sendo São Paulo o estado com o maior número desses jardins.

A Amazônia e o Cerrado registram pequeno número de jardins botânicos, sendo que nos demais biomas - Caatinga, Pantanal e Pampa - não há registros nesse sentido.

Os espaços existentes buscam apoiar as iniciativas nacionais e internacionais que visem à redução da perda da diversidade vegetal, com base em um plano de ação voltado para orientar a atuação dos jardins botânicos na documentação e conservação da flora, promoção da educação ambiental e uso sustentável da diversidade vegetal.


Fonte:
Ministério do Meio Ambiente

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