Divulgação OBA |
A Olaa tem provas teóricas individuais e em grupos de três alunos de países diferentes. Isso serve, ressaltou Canalle, para mostrar a eles que ciência se faz de forma coletiva e multinacional. “Já é um primeiro recado que eles acabam aprendendo: discutir suas ideias para resolver um problema, falando línguas diferentes.”
Há uma prova individual de reconhecimento do céu dentro de um planetário e uma prova de céu real, “onde se aponta para dez estrelas e o aluno tem que escrever o nome delas”. A prova de céu real envolve o manuseio de telescópio. Outra prova em grupo, também multinacional, visa à construção de uma base de lançamento de foguetes, além do próprio foguete, e a simulação do lançamento. Tudo é feito com garrafas Pet. São concedidos prêmios para estimular os estudantes a se empenhar mais.
Na última edição da Olaa, no Uruguai, os estudantes brasileiros conquistaram três medalhas de ouro e duas de prata, o prêmio especial de Melhor Prova Individual por terem gabaritado os exames, premiação especial de melhor prova em grupo e de foguetes, além do título de melhor companheira da olimpíada para a aluna de Vitória (ES) Carolina Lima Guimarães.
O Brasil sempre foi líder da Olaa, disse o coordenador do evento, o astrônomo Eugênio Reis Neto. “Sempre ficou bem colocado. Sempre foi um dos melhores, senão o melhor time, da [olimpíada] latino-americana”.
Intercâmbio
Na avaliação do presidente da Olaa, as olimpíadas reúnem as diferentes sociedades científicas e contribuem para por em contato, mesmo a distância, cientistas e pesquisadores com os professores do ensino médio. É o que ocorre na OBA, por exemplo, disse ele. O Brasil tem experiência de 18 anos da olimpíada nacional. A OBA é feita sempre no mês de maio e inclui alunos do Ensino Fundamental e Médio. No ano passado, 837 mil estudantes de todo o País participaram do certame.
João Batista Canalle destacou que os alunos que participam dessas olimpíadas costumam se preparar previamente, como ocorre nas olimpíadas desportivas. “E o preparar para uma olimpíada científica é estudar, o que mais queremos que eles façam. O aluno vai ler um pouco mais, o professor vai ensinar um pouquinho mais, e nós, da OBA, procuramos colaborar com os professores, fornecendo material de estudo, porque sabemos que eles não são astrônomos.”
Outra equipe de cinco alunos do último ano do Ensino Médio defendeu o Brasil, em julho deste ano, na Olimpíada Internacional de Astronomia e Astronáutica, disputada por mais de 400 estudantes de 42 países, na Indonésia. O Brasil obteve quatro menções honrosas.
Fonte: Agência Brasil
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