sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Rio recebe Olimpíada Latino-Americana de Astronomia

Divulgação OBA

A partir do dia 28 de setembro o Rio de Janeiro recebe a 7ª Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (Olaa). O evento irá até 4 de outubro, com abertura oficial no Planetário da Gávea, onde os estudantes farão a primeira prova prática de reconhecimento do céu. Representarão o País os cinco melhores alunos da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) do ano passado, selecionados entre 100 mil estudantes do Ensino Médio. As delegações chegarão ao País no domingo (27) e ficarão hospedadas em um hotel no Flamengo, na zona sul da cidade. A Olaa ocorrerá também no município de Barra do Piraí, centro-sul do estado. Participam representantes da Argentina, do Paraguai, Uruguai, Chile, da Bolívia, Colômbia e do México, informou o  presidente do evento, o astrônomo João Batista Garcia Canalle, professor do Instituto de Física da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Ele disse esperar que, em breve, o Peru, a Venezuela, Nicarágua e o Panamá criem suas olimpíadas nacionais e, a partir daí, formem equipes para concorrer na etapa latino-americana.

A Olaa tem provas teóricas individuais e em grupos de três alunos de países diferentes. Isso serve, ressaltou Canalle, para mostrar a eles que ciência se faz de forma coletiva e multinacional. “Já é um primeiro recado que eles acabam aprendendo: discutir suas ideias para resolver um problema, falando línguas diferentes.”

Há uma prova individual de reconhecimento do céu dentro de um planetário e uma prova de céu real, “onde se aponta para dez estrelas e o aluno tem que escrever o nome delas”. A prova de céu real envolve o manuseio de telescópio. Outra prova em grupo, também multinacional, visa à construção de uma base de lançamento de foguetes, além do próprio foguete, e a simulação do lançamento. Tudo é feito com garrafas Pet. São concedidos prêmios para estimular os estudantes a se empenhar mais.


Na última edição da Olaa, no Uruguai, os estudantes brasileiros conquistaram três medalhas de ouro e duas de prata, o prêmio especial de Melhor Prova Individual por terem gabaritado os exames, premiação especial de melhor prova em grupo e de foguetes, além do título de melhor companheira da olimpíada para a aluna de Vitória (ES) Carolina Lima Guimarães.

O Brasil sempre foi líder da Olaa, disse o coordenador do evento, o astrônomo Eugênio Reis Neto. “Sempre ficou bem colocado. Sempre foi um dos melhores, senão o melhor time, da [olimpíada] latino-americana”.

Intercâmbio

Na avaliação do presidente da Olaa, as olimpíadas reúnem as diferentes sociedades científicas e contribuem para por em contato, mesmo a distância, cientistas e pesquisadores com os professores do ensino médio. É o que ocorre na OBA, por exemplo, disse ele. O Brasil tem experiência de 18 anos da olimpíada nacional. A OBA é feita sempre no mês de maio e inclui alunos do Ensino Fundamental e Médio. No ano passado, 837 mil estudantes de todo o País participaram do certame.

João Batista Canalle destacou que os alunos que participam dessas olimpíadas costumam se preparar previamente, como ocorre nas olimpíadas desportivas. “E o preparar para uma olimpíada científica é estudar, o que mais queremos que eles façam. O aluno vai ler um pouco mais, o professor vai ensinar um pouquinho mais, e nós, da OBA, procuramos colaborar com os professores, fornecendo material de estudo, porque sabemos que eles não são astrônomos.”

Outra equipe de cinco alunos do último ano do Ensino Médio defendeu o Brasil, em julho deste ano, na Olimpíada Internacional de Astronomia e Astronáutica, disputada por mais de 400 estudantes de 42 países, na Indonésia. O Brasil obteve quatro menções honrosas.

Fonte: Agência Brasil

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